domingo, 23 de agosto de 2009

Contagem decrescente...

Com o tempo a passar e o Pedro a crescer, íamos aos poucos e poucos assumindo que o Pedro tinha autismo.

Apesar dos técnicos da intervenção precoce continuarem a afirmar que o Pedro ía fazendo o seu caminho, na fase dos 5 anos apareceram as estereotipias, a agitação motora, a estimulação, hiper e a hiposensibilidade face a várias situações do dia a dia.

Chegou ainda a ser medicado com Rubifen, mas passou de alguma agitação para uma apatia geral. Desistimos. Mais valia o Pedro na Terra e agitado, que fisicamente presente e psicologicamente ausente.

O conhecimento de outras familias com situações semelhantes e viver próximo de nós, fez-nos chegar à APPDA de Setúbal e às reuniões mensais de pais com filhos com perturbações do espectro do autismo. Tomámos conhecimento das mais variadas situações e fases de envolvimento familiar no acompanhamento a crianças, jovens e adultos com este tipo de diagnóstico.

Entretanto, a pesquisa na net continuava, e tomámos conhecimento em Portugal de um grupo de médicos que poderia fazer ao Pedro um acompanhamento na área da medicina ortomolecular.

Tudo se conjugava para começarmos a definir uma forma alternativa de intervenção e acompanhamento.

Assim, em Janeiro de 2008 o Pedro iniciou uma intervenção biomédica, que incluiu a realização de avaliação médica ao nível das intolerância alimentares e toxicidade. Confiando nos laboratórios que analisaram os resultados, obtivemos informação que permitiu a definição de um plano de intervenção a este nível. Presentemente continuamos com este tipo de intervenção, e estamos satisfeitos com os resultados.

A aproximação da entrada do Pedro no 1º ciclo, começou a criar em nós alguma ansiedade e a questionar-nos sobre a forma de acompanhamento e intervenção de uma nova fase da sua e nossa vida.

Na Primavera de 2008, já tinhamos conhecimento da existência em Portugal de uma equipa de técnicos que desenvolvia o modelo ABA - Análise Comportamental Aplicada, com crianças e jovens. Também conhecemos uma mãe, cujo filho fazia este programa. Estava bastante satisfeita, pois só uma intervenção assim, consistente, articulada e intensiva lhe fazia sentido.

Havia pois que pesar os prós e os contras, pesar os pratos da balança, fazer contas ao orçamento familiar, e definir o que queríamos.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Veste a Diferença (video)