O avô Zé e a avó Piedade têm sido peças fundamentais no apoio e acompanhamento ao Pedro. Com a escola por perto, tudo é mais fácil e o Pedro vai lá almoçar, e passa por lá a maior parte do tempo até os pais regressarem do trabalho. É verdade, ainda fazemos parte daquelas famílias de que os avós conseguem ter um papel fundamental.
Não tem sido fácil para eles aceitar a diferença do Pedro em comparação com os outros meninos da mesma idade.
Enquanto a avó Piedade consegue perceber melhor o que se passa à sua volta, compra livros, entra em contacto com entidades e instituições, pergunta e conversa, o avô Zé levou muitos anos a aceitar que o Pedro tinha um problema. Penso que ainda não aceita que esse problema tenha nome: autismo.
No entanto, eles têm sido mais que um suporte na nossa vida, são a rectaguarda e a vanguarda, estão lá nos bons e maus momentos, nas conversas e discussões.
Tal como nós, também este ano os senti cansados, de viver e conviver com uma criança diferente, e principalmente desta batalha travada pelos pais do Pedro em quererem ir até ao fim do mundo em busca de algo mais que uma mera esperança.
Nos dois ultimos anos também foram os avós que levaram os netos de férias, e não posso esquecer que apesar de ser dificil, a avó também alinha na alimentação diferente que o Pedro faz.
Durante este mês de Agosto demos folga à sua colaboração diária, para retemperar energias e tratar de outros assuntos também importantes. O avô Zé até tem ido à pesca!
Por tudo aquilo que fazem, fizeram e sei que vão continuar a fazer, um obrigada profundo aos meus pais, cheio de amor.
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